Cultura para todos os gostos e estilos

Author: Acta Histórica / Marcadores:

Nos dia dois e três de maio ocorreu a Virada Cultural: 4 milhões de pessoas circulando pelas ruas de São Paulo se misturando à arte, sujeira e inovações. De início, aparentava ser mais um evento patrocinado pelo governo. Mas ao decorrer das 24 horas, as iluminações aparentavam ficar mais fortes, o número de atrações se acumulavam junto ao público que via de perto a cidade paulistana exibir shows e novidades.



O show do grupo americano Mass Ensemble,começa junto com o evento ás 18hrs. Apresentação no Teatro Municipal, a atração maior era a harpa colocada da cúpula do teatro até a Praça Ramos, se apresentaram cinco vezes no evento. Ao mesmo tempo, no Barão de Itapetininga, o grupo de arte itinerante de Belo Horizonte montou uma exposição de artes plásticas com quadros, esculturas, materiais ecológicos e tampinhas de garrafas pet que foram jogadas pelo chão, proporcionando uma ligação do público com a arte, a idéia veio de Fernanda Canto, artista plástica.



As apresentações do samba-rock repercutiram uma enorme concentração de pessoas, quase impossível de andar. Mesmo assim, a platéia interagia com a dança e apreciava o evento. O que mais chamava atenção eram os espectadores que não limitavam em ver apenas um estilo, tentavam presenciar todas as apresentações. No Largo Santa Efigênia o show de Iara Rennó era o mais tranquilo, comparado as demais atrações.


Ao chegar no palco "Toca Raul!", o clima mudou completamente. Lotado, próximo a estação da luz, Raul Seixas talvez foi homenageado da melhor forma possível. Telões foram colocados na avenida que se preenchia de barracas comerciais, carros, pessoas, câmeras e emissoras televisivas. Uma alegria enorme a cada música que era tocada, a platéia vibrava ao ver os artistas relembrando os sucessos do compositor.

O Anhagabaú foi o palco das danças. Apesar de belo espetáculo, muitos foram prejudicados por não conseguirem ver ao espetáculo, pela aglomeração e o palco mal colocado, talvez, se apresentado no teatro o resultado fosse melhor ainda. Próximo ao palco, no Viaduto do Chá, alguns praticavam rapel, descendo onde pela madrugada foi a apresentação com caminhões e jogos de luzes.

Na República, foi durante a noite a discotecagem dos DJ’s da casa noturna Outs, quando não ocorriam shows estrondosos. Pessoas subiam nas árvores só para conseguir ver Velhas Virgens. Durante a manhã, parecia ter amenizado o local, quando as 6:40 começou Matanza, que superlotou novamente a "praça do rock". Óculos escuros e blusas de inverno eram os figurinos do amanhecer na cidade de São Paulo.




O evento foi grandioso, atendeu todas as culturas. O problema mais apontado foi a falta de higiene dos participantes: poucos sanitários públicos que resultou em um odor forte (mais do que o costume) pelos becos, ruas, viadutos. O valor exagerado dos alimentos (para se ter uma noção haviam barracas que cobravam pelo refrigerante R$4,00) também foi assustador.