Sensacionalismo de serviço

Author: Acta Histórica /

Informar e alertar: duas maneiras diferentes de revelar informações pertinentes ao leitor.

Em decorrência de um fenômeno chamado
penny press, que transformou a imprensa em mercadoria, nasceu o sensacionalismo.



Surge uma relação entre jornalismo e capitalismo, por conta da necessidade de padronização da sociedade, assim, o Jornalismo de Serviço por si, tem a especialidade de fornecer informações de utilidade ao leitor; seja no setor de serviços públicos, ou imóveis, empregos, entre outros. Ele também torna o jornal um artigo de primeira necessidade, garantindo seu lugar no mercado lucrativo.

Esses materiais jornalísticos, mesmo por parecerem distantes, estabelecem uma relação muito próxima: preconceitos, debates intermináveis por infligirem as éticas do jornalismo (sensacionalismo), ou fazer das noticias serem consumo, venda (jornalismo de serviço). Ao ver por esse ponto de vista, percebe-se que há muito mais relação entre eles do que se parecia.

Service journalism” (origem americana), surge das Folhas Volantes, tendo como o principal objetivo prestar serviços a população, com informações úteis que ajudassem o publico em suas necessidades determinando através de um conteúdo pratico e sugestões que então assessorem o cotidiano, por exemplo, do sujeito. Desde então, esse meio expande para revistas, chega a se tornar Calhau (termo jornalístico para designar espaços vagos no jornal) e hoje está presente em editorias de cultura, economia, cotidiano e guias. Trata-se da necessidade do leitor, para hora imediata, por não obter como preferência a divisão de opiniões, por muitos é desconsiderado um meio jornalístico, chegando então ao conflito e preconceito mencionados.

Em meados de 1560 e 1631, surgiram na França os "Occasionels" (imprensa não periódica), posteriormente substituídos por "Canards" (já como imprensa periódica), que traziam histórias criminais, temas envolvendo sexo e deturpação da imagem. Com objetivo de tornar sensacional um fato jornalístico, utiliza-se de um tom escandaloso, que acaba tornando o jornal uma empresa comercial que recorre a qualquer meio para aumentar suas vendas.

Nos EUA, após a 1ª Guerra Mundial, ocorreu o lançamento do "The New York World", de Joseph Pulitzer. Logo após, foi a vez de William Randolph Hearst, com o "The New York Morning Journal". Ocorreu entre eles uma competição por audiência, fazendo surgir assim o termo Yellow Press, que veio de um personagem de HQ que circulou em ambos jornais e que se chamava Yellow Kid.

Passando por décadas, (re)evoluções, hoje, jornalismo de serviço é sinônimo de praticidade, enquanto o sensacionalismo simboliza o apelo da noticia. Fácil os perceber em meio tecnológico ou impresso, assim como sua semelhança, os dois traduzem o que a população hoje vive, afinal, não tem uma boa notícia de serviço quando o produto não é bem visto, ou não tem a preferência do público-alvo, sensacionalismo mesmo com apelos e expressões gritantes do cotidiano, abre os olhos e mostram o que a sociedade vive hoje em dia, com escândalos, caos e agonia. Claro, impossível imaginar uma comunidade onde somente o caos e a venda sejam prioridades, por isso importante ter outros materiais jornalísticos, onde expõem ideias, competem a ética e tem como objetivo a informação e o compromisso com a verdade, a qual é prioridade em todos os meios e estilos jornalísticos.

0 comentários:

Postar um comentário